Gemini e Bard: uma união que já deu certo

Bard agora é Gemini, mas veio mais potente, com mais recursos e novas funcionalidades que visam facilitar e otimizar diversas tarefas.

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A cada dia que passa nos deparamos com um número crescente de ferramentas de IAs que vieram para revolucionar o mercado e a vida de todos nós.

Chega até ser assustador o que elas são capazes de fazer.

Por exemplo, o ChatGPT, desenvolvido pela Open AI e lançado ao público em novembro de 2022, é um exemplo de inteligência artificial generativa que pode criar, em questão de segundos, diversas formas de conteúdo e oferecer informações sobre qualquer tipo de assunto.

A ferramenta se popularizou rapidamente, obrigando outras gigantes da tecnologia criarem IAs concorrentes. 

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E claro, a toda poderosa Google não poderia ficar atrás. Em dezembro de 2023, a big tech lançou a Gemini, uma ferramenta multimodal que trabalha com textos, códigos, imagens e vídeos de forma simultânea.

Mas, afinal, o que é e como funciona a Gemini?

Sua principal característica é poder trabalhar com diferentes tipos de conteúdo, além de interpretar as principais linguagens de programação usadas no mundo e compreender diversos idiomas. 

Já pensou com um único comando você  ter texto, vídeo e imagem juntos? Fantástico, né?

Desde o início foi projetada para saber unir esses diferentes formatos de informações e poder processar respostas mais amplas e completas.

Até agora, as IAs existentes faziam todas essas tarefas de forma separada. Era preciso uma ferramenta para texto, outra para gerar imagem, e outra para vídeos e por aí vai.

Mas a Gemini veio e uniu tudo num pacote só. O poder de combinar todos esses dados e gerar resultados surpreendentes é seu grande diferencial. 

Em sua primeira versão, a Gemini 1.0, conta com três modalidades. São elas:

  • Gemini Ultra;
  • Gemini Pro;
  • Gemini Nano.

A diferença entre elas varia conforme a dificuldade de atividades que cada uma é capaz de realizar.

A versão Ultra, por exemplo, é indicada para profissionais que trabalham com desenvolvimento de softwares e para aqueles que realizam trabalhos mais complexos.

Mas independente disso, é uma ferramenta moldável para funcionar desde data centers até em telefones celulares.

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E o Bard entra onde nessa história?

O Bard é um chatbot também criado pelo Google para ser concorrente direto do ChatGPT. É um robô que conversa por meio de inteligência artificial.

Ou seja, ele cria e desenvolve novos conteúdos manipulando técnicas de aprendizado de máquinas e redes neurais. Em outras palavras, é um cérebro humano operado por sistemas de computação. 

Mas apesar de terem funcionalidades parecidas, eles não são iguais. O ChatGPT limita-se a fornecer informações e acontecimentos até o ano de 2021, enquanto o Bard é tudo em tempo real(ele acessa diretamente o Google).

Ponto para o Bard!

ChatGPT fornece resultados exatamente mediante o que foi escrito nos comandos. O Bard praticamente conversa com você como se fosse uma pessoa e entende assuntos muito mais complexos.

Mais um ponto pra ele!

As linguagens operacionais também são diferentes. O Bard usa o modelo de linguagem chamado LLM que, em inglês, é sigla para “large language models”.

E segundo o próprio Google, é uma versão leve e otimizada do LaMDA, o Modelo de Linguagem para Aplicativos e Diálogos(LaMDA).

Já o ChatGPT é baseado na programação de 175 bilhões de parâmetros para se comunicar.

O Bard também é equipado com um botão de busca/pesquisa e você ainda pode transformar o resultado do seu conteúdo em um link para compartilhar com quem quiser.

E ele é poliglota. Está disponível em 40 idiomas!  

Ambos possuem uma barra lateral para salvar e nomear as conversas.

Mas o Bard ainda tem uma carta na manga: suas respostas têm um botão que acessa diretamente a pesquisa do Google sobre o assunto procurado, podendo, inclusive, ser lida em voz alta. 

 Mudança à vista: BARD agora é Gemini

Até o fim do ano passado, o chatbot do Google poderia ser acessado pelo site bard.google.com, tanto pelo navegador do computador como pelo celular.

Mas como no mundo da tecnologia os passos andam largos e as mudanças acontecem do dia para noite, a Google anunciou no dia 8 de fevereiro que o Bard agora se chama Gemini, unindo sua interface e modelo de IA em um só endereço, tornando a ferramenta ainda mais aprimorada.

Portanto, agora, ambas tecnologias são o mesmo. Segundo o próprio Google, essa junção visa fazer com que os usuários saibam que estão fazendo uso do modelo de linguagem mais avançado da bigtech.

Sissie Hsiao, vice-presidente do Google, considera essa união uma das coisas mais importantes da história da empresa.

Além dessa grande novidade, também foi anunciado que essa nova versão está toda atualizada e cheio de inovações, mas por enquanto apenas disponível nos Estados Unidos. 

Confira as principais mudanças

Novo endereço do Bard:

Como já dissemos, interface do assistente virtual e modelo de IA são a mesma coisa e podem ser acessados em gemini.google.com

Versão para Android e Iphone:

Além da versão web, a Gemini também poderá ser acessada em aparelhos Android e Iphone, mas por enquanto apenas nos EUA e muito em breve em outros países.

Quem tiver celular com sistema Android poderá contar ainda com 4GB de memória RAM e sistema operacional Android 12. 

Gemini Advanced:

Por R$96,99 ao mês você pode ter acesso à versão paga da IA através do Google Open AI Premium.

Diferentemente da versão mais simples do plano gratuito, a Advanced realiza tarefas bem mais difíceis, como conversas longas e detalhadas e auxilia em tarefas complexas, como, por exemplo, programação, raciocínio lógico e projetos criativos.

Por enquanto, o funcionamento é somente em inglês, mas pode ser acessado por 150 países, inclusive o nosso Brasil. Oferece por dois meses uma avaliação gratuita e dois TB de armazenamento. 

Google Assistente e Gemini juntos:

O Google Assistente entrou na onda e também irá integrar a Gemini.

A ideia é que a ferramenta seja alimentada pela Gemini, tornando-a ainda mais eficiente, garantindo resultados mais completos e nítidos. 

Os aparelhos Android poderão ter o Gemini como o assistente virtual padrão.

O usuário poderá acionar com o chamado “Ok, Google” ou com um toque longo na tecla “Início”. Já no iPhone (iOS), o modelo será integrado ao app do Google, que terá um botão para iniciar a conversa com a inteligência artificial.

Até tú, Duet:

O assistente virtual Duet AI, que é integrado às ferramentas Google Cloud e Google Workspace, também é Gemini, e levará com ele todos os benefícios de uma IA para o Gmail e Google Docs.

Com essa integração, o Google quer bater diretamente de frente com o Microsoft Copilot, concorrente direto.

A gigante da tecnologia visa com isso um aumento na produtividade das empresas, além de uma blindagem contra ataques cibernéticos.

Gemini, uma nova era se inicia

Segundo o CEO do Google, Sundar Pichai, “em dezembro, demos um passo significativo em nossa jornada para tornar a IA mais útil para todos com o início da era Gemini, estabelecendo um novo patamar numa ampla variedade de benchmarks de texto, imagem, áudio e vídeo.

No entanto, o Gemini está evoluindo para ser mais do que apenas uma família de modelos. Ele suporta todo um ecossistema — desde os produtos que bilhões de pessoas usam todos os dias, até APIs e plataformas que ajudam desenvolvedores e organizações a inovar”

Com todas essas incorporações, praticamente tudo agora é Gemini, tornando todos esses novos “batismos” uma grande aposta do Google. Uma aposta que já ganhou.  

Fonte: Blog Google. Escrito Por Mauro Ruffulo. Editado por Nara Sampaio.

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